Abel elogia ‘caráter’ do Palmeiras contra o Coritiba e explica escolha por Luis Guilherme

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Coritiba, durante partida válida pela nona rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Em coletiva após a vitória por 3 a 1, Abel também comentou sobre suas atitudes à beira do campo

Atual segundo colocado do Brasileirão, o Palmeiras enfrentou o Coritiba, lanterna e sem vitórias na competição, no Allianz Parque, e venceu o confronto por 3 a 1. Para o técnico Abel Ferreira, um dos principais fatores que fizeram a equipe sair com os três pontos do jogo foi a forma em que os jogadores encararam a partida.

“São jogos como esse que metem à prova o caráter da equipe, a seriedade. Era fundamental ser sério e jogar simples, e o fizemos. Às vezes há a tendência de facilitar contra equipes em que somos claramente superiores. Se tivéssemos sofrido aquele gol e o placar estivesse 2 a 0, em vez de 3 a 0, daria um aperto emocional aos jogadores. Felizmente fizemos o terceiro antes. Falei com eles no intervalo que era fundamental entrar dinâmicos em busca do terceiro”, disse o treinador, que também explicou a mudança tática na saída de bola.

“Mudamos a saída de bola hoje e usamos quatro jogadores, normalmente usamos três. Abrimos bem o jogo para que os zagueiros deles acompanhassem nossos pontas. O Dudu teve duelos interessantes com o Kuscevic, que o fizemos sair do centro para correr atrás. Poderíamos ter feito o terceiro gol mais cedo, tivemos um volume grande no último terço e poderíamos ter tido melhores decisões”, complementou.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Coritiba, durante partida válida pela nona rodada do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Outro assunto na coletiva foi a escolha do treinador por Luis Guilherme de titular no lugar de Raphael Veiga, que estava suspenso. O jogador de 17 anos realizou seu primeiro jogo entre os onze iniciais como profissional.

“Às vezes deixo os jogadores fora por opção técnica, e os coloco também por isso. Ele é canhoto como o Veiga, gosta de jogar do centro para a direita. Tive dúvidas se colocaria ele ou o Jhon Jhon. Mas o Jhonatan prefere jogar centro esquerda, por isso optei pelo Luis”, explicou.

O Palmeiras chegou aos 19 pontos e está a dois do Botafogo, líder do campeonato. A equipe volta a campo pelo Brasileirão no próximo domingo, às 16h, para enfrentar o SPFC no Morumbi. Antes do Choque-Rei, contudo, o Verdão tem o compromisso na quarta-feira pela Libertadores, no Allianz Parque, contra o Barcelona-EQU.

Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira

– Atitudes à beira do gramado

“Eu reparo que muita gente gosta de ter o Abel na boca. Os próprios comentaristas do último jogo só falaram dos amarelos. Sinceramente, há uma coisa que vocês têm que entender: sou um treinador intenso nas quatro linhas. Isto não vai mudar, quando mudar eu vou deixar de ser treinador. Não vai ser comentário nenhum, jornalista, meu pai ou minha mãe que vão mudar meu caráter no jogo”.

“Sou um treinador intenso. Ponto, nos 90 minutos. Fiquei muito triste no último jogo, porque quando sou expulso, não falam da consistência da equipe. Deixam de tirar o foco dos protagonistas, nossos atletas. Eles que correm, fazem o gol, eles merecem os holofotes”.

– Sequência de jogos e desgaste físico

“Não sei como pode afetar, vamos a cada jogo fazer nossa reflexão do desgaste físico dos jogadores, falar com eles, perceber sua linguagem corporal. Eles querem jogar todas, mas vamos sentir e ver o que fazer. Uns descansam por amarelos, outros por lesão, outros vou gerindo com substituições. É isto que temos feito, com muita responsabilidade, e a cada jogo entrando com máxima força”.

“Nota-se em um jogo como o de hoje, que tivemos muito volume e chegamos tanto na área do adversário, que há o cansaço dos jogadores. Eles dão tudo que têm nas capacidades físicas, mas falo também da parte mental, dos jogos consecutivos. É desgastante para jogadores na parte mental, para o treinador e para os árbitros seguramente”.

Luan

“O Luan é um dos pilares desta equipe. Se há alguém que tem todo conhecimento do jogador é o treinador. Sabemos o quanto treina, o perfil do jogador, do homem. Não adianta ter bom jogador que não agrega, quero bons jogadores que ajudem os outros a serem melhores. O Luan é bom quando joga e quando não joga, um dos que mais influencia os meninos que temos”.

“Queria saber qual equipe no Brasil, brigando pelo top-4 e mete tantos jovens quanto nós. É tudo bonito porque está tudo bem, mas quando apertar sobrará pros mais velhos. Não é quando assobiam que vamos usar os meninos. Uma das funções do Luan, por isso renovou mesmo sem jogar muito, porque o clube reconhece competências táticas, físicas, a liderança e também porque ele representa a identidade do Palmeiras”.

– Planejamentos dos jogadores que retornam da Seleção Brasileira Sub-20

“É preciso ter calma com os dois [Kevin e Giovani], só isso que eu peço. Vamos ter calma”.

– Situação de Gabriel Menino

“Quarta-feira não teremos o Richard Ríos e o Menino ainda não sei, teve que sair do jogo [com dores no tornozelo]. Temos bons jogadores no meio-campo, vamos olhar para dentro e ver o que temos. O Jailson ou o Fabinho vão jogar se o Menino não tiver condições”.

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