Após empate com o Botafogo, Abel Ferreira afirmou que Palmeiras sai da Libertadores de cabeça erguida
Abel Ferreira deixou o gramado do Allianz Parque, após o empate do Palmeiras em 2 a 2 com o Botafogo e consequentemente a desclassificação da Libertadores, com sentimento de orgulho dos jogadores. O Verdão viu o adversário abrir 2 a 0, mas buscou a reação no fim e por pouco não levou o duelo para as penalidades.
“Vivo do futebol, mas não vivo só do futebol. Fica o orgulho. Foi uma demonstração do que eu peço aos jogadores. Sabemos que só há três resultados: vitória, derrota e o empate. Há coisas que não controlamos: a bola bater na trave no último segundo, a bola bater na mão do Gómez ou sofrermos dois gols no melhor momento do jogo. O adversário foi extremamente letal. Disse aos jogadores no final, que tivemos um mês de agosto difícil e caímos de forma digna contra o Flamengo e contra o Botafogo. Estamos tristes, mas de cabeça erguida”, disse.
Sobre a partida, Abel lamentou o fato de o Palmeiras não ter aberto o marcador primeiro.
“Nós deveríamos ter entrado no jogo primeiro. Eles foram melhores nos primeiros 15 minutos, mas depois encaixamos. Tínhamos que ter feito um gol primeiro. Sofremos um gol de lateral, um gol esquisito. A seguir sofremos o segundo, mas mantivemos o nosso jogo, fizemos que tínhamos de fazer. Pena que não fizemos o gol primeiro porque tivemos oportunidade para isso. Finalizamos 11 vezes no primeiro tempo e 15 no segundo, mas já disse várias vezes que futebol é eficácia e a sorte também faz parte”, disse.
“Fizemos três gols, um foi anulado, assim como contra o Flamengo, mas a regra é essa. A bola bateu na mão do Gómez, por muito que nos custe. É aceitar e seguir em frente. Vamos lutar até o fim pelo único objetivo que temos agora”, complementou o treinador, que também analisou o mês de agosto do Verdão.
“Foi um mês difícil. Começou pelos sorteios, mas isso é o que é. Também tivemos problemas físicos e emocionais”, acrescentou.
O Verdão volta a campo no sábado para enfrentar o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro, no estádio Brinco de Ouro, em Campinas.
Confira outras respostas de Abel Ferreira
– Cruzamentos
“A bola aérea é uma forma que temos de chegar ao gol. Temos um jogador fortíssimo nessa jogada [Flaco López], então potenciamos os nossos jogadores. O cruzamento é um jeito, mas não é a única, mas há momentos que temos de fazer. Temos também jogadas para os médios atacarem as costas dos adversários, como foi no cruzamento do Ríos no primeiro tempo em que o Flaco, infelizmente, não fez o gol. Olho para as características dos jogadores e procura potenciá-las”.
– Caio Paulista
“O Caio fez uma atuação brilhante. Em relação às críticas: estamos falando dos torcedores que vão ao estádio ou aos que se escondem atrás de um telefone? Os nossos jogadores sentem um carinho grande dos torcedores no cara a cara. Agora, tem aqueles que estão atrás de um telefone. Isso faz parte e os jogadores sabem disso, a diferença do real para o virtual. O Caio é um jogador como todos os outros. E é um fato, todos perceberam hoje porque contratamos o Caio. Não é fácil trocar um rival por outro e ter um nível de desempenho e rendimento logo de cara”.