Abel abre o jogo sobre reformulação do elenco, manda aviso e revela motivos de Dudu não entrar

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Vasco da Gama, durante partida válida pela oitava rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel e Dudu conversaram antes da partida e o atacante pediu para ficar apenas no banco

Com sorriso no rosto após a vitória, mas falando firme, Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva depois de o Palmeiras conquistar os primeiros três pontos como mandante no Brasileiro. O Verdão bateu o Vasco por 2 a 0, com gols de Piquerez e Rony.

Antes mesmo das perguntas começarem, Abel aproveitou o momento para presentear seu amigo – e hoje rival à beira do campo – Álvaro Pacheco (técnico do Vasco) com um vinho de versão limitada. Após a ‘cerimônia’, o treinador comentou diversos assuntos: saídas e chegadas de jogadores; mandou recado para dirigentes de outros clubes e empresários; analisou a vitória com alta produção ofensiva; explicou Dudu só no banco e mais.

Confira as respostas de Abel Ferreira:

– Reformulação

“É um momento de vento forte em direção à nossa caravela e nós temos que ajustar as velas. Não há nada de novo, sabíamos que íamos perder alguns jogadores para as seleções, mas sinceramente não esperava perder tanto por vendas. Claro que há explicações para o vento estar forte. Foi o Endrick, o Luis Guilherme e o Estêvão também… a moeda europeia é forte, é difícil competir contra eles. Então têm essas vendas e possíveis novas chegadas. Há muitos clubes vindo aqui, muitos de Portugal inclusive, mas não podem sair mais jogadores. O Luan saiu, mas vieram propostas por Murilo, Veiga, Zé Rafael, entre outros, mas não posso deixá-los saírem. Já pedi para avisarem os outros dirigentes e também para que os jogadores avisem seus agentes que não sai mais ninguém. Só se pagarem a multa, como foi com o Luan. Ao contrário, não sai ninguém”.

– Novas lideranças

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Vasco da Gama, durante partida válida pela oitava rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Também é verdade que alguns jogadores baixaram o rendimento, algo que é normal e natural em uma equipe tão vencedora, com uma exigência tão alta. Estamos com três capitães presentes agora na equipe, o Weverton, o Rocha e o Dudu. O Gómez está na seleção, o Luan vai embora, e temos jogadores que precisam emancipar, dar um passo à frente, como o próprio Veiga, Zé Rafael, Murilo e o Mayke. Assumir a liderança para a gente manter essa toada”.

– Análise da partida

“Passamos um período de ações ofensivas pouco fluidas. Mas, hoje foi diferente. Foram 25 minutos do melhor que eu vi o Palmeiras fazer, com dinâmica e intensidade. Muitas finalizações, cruzamentos, escanteios. E fomos agressivos como sempre, porque nunca deixamos de lutar”.

– Dudu

“Conversei com ele há dois dias, hoje falei com ele novamente. A verdade é que ele não se sentiu confortável. Fez jogos-treino muito bons, mas há ali ainda um pouco de preocupação. Ele disse hoje que estava disponível, mas não estava confortável para jogar. Queria estar com a equipe, junto. Ele é uma das nossas referências do grupo e também queria que ele estivesse com o grupo, mesmo que não fosse utilizado. Podem ter a certeza que eu mais quero é que ele volte com confiança”.

– Zé Rafael

“É muito difícil jogar aqui, é impossível manter-se nota 10 por tantos anos seguidos. Nem o Cristiano Ronaldo, o Messi e o Guardiola conseguem em suas ligas, imagina o Abel, o Zé ou o Veiga. No futebol, há momentos em que jogadores não estão na melhor forma e temos que ajudar. Neste momento, estão jogando nas posições 5 e 8 os melhores jogadores. O Ríos não está e Menino é uma boa opção, mas ele está treinando também mais à frente, como substituto do Veiga. O meu sonho é ter dois jogadores do mesmo nível por posição, competindo, só assim vamos crescer”.

“O Zé é muito exigente com ele e isso talvez é um problema. Ele vai falhar, é normal, a única coisa que não pode fazer é não correr. Dou minha palavra para os torcedores que o Zé e os outros jogadores fazem o melhor sempre”.

Nota da redação: Zé Rafael chegou a marcar um gol na partida, que depois foi anulado pelo VAR. Durante a comemoração, o jogador desabafou e foi contido pelos companheiros. No começo da semana, o camisa 8 rebateu nas redes sociais algumas críticas que recebeu de pouquíssimos perfis de ‘palmeirenses’ no Instagram.

Quantos gols o Palmeiras já marcou nos acréscimos na Era Abel Ferreira? Confira!

Lázaro comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Criciúma, durante partida válida pela sétima rodada do Brasileirão 2024, no Estádio Heriberto Hülse.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Lázaro marcou o gol da vitória do Palmeiras sobre o Criciúma aos 46 da segunda etapa

Gostaria de valorizar a força mental que esta equipe tem”. Assim disse Carlos Martinho, auxiliar técnico de Abel Ferreira, que comandou o Palmeiras na vitória sobre o Criciúma, por 2 a 1, no último domingo, fora de casa. Na resposta, o adjunto se referia, além da capacidade do time suportar a pressão, também ao fato de o Verdão sempre buscar a vitória até o último lance.

Aos 46 minutos da etapa final, Lázaro aproveitou o passe de Gustavo Gómez e, de cabeça, fez o gol que decretou a vitória palmeirense.

Balançar as redes do adversário nos minutos finais das partidas passa longe de ser uma novidade para o Palmeiras na era Abel Ferreira. Até o momento, a equipe já marcou 33 gols durante os acréscimos – o último, antes de Lázaro, foi de Estêvão na Copa do Brasil; já o mais famoso é de Breno Lopes, na final da Libertadores de 2020.

Breno é disparado o jogador que mais gols marcou nos minutos finais sob o comando da comissão técnica, com oito. Gabriel Menino, Raphael Veiga, Rony, Murilo, Danilo, Flaco López e Gustavo Gómez marcaram dois cada e vêm na sequência.

Gols históricos do Palmeiras nos acréscimos

Além da cabeçada certeira de Breno Lopes no Maracanã, o Palmeiras de Abel Ferreira marcou outros gols históricos durante os descontos. No inesquecível 4 a 3 sobre o Botafogo, no Nilton Santos, Murilo foi às redes no minuto 54. O próprio zagueiro marcou também em uma virada épica no Morumbi, pelo Brasileirão de 2022, sobre o SPFC – 1 a 2.

Renan, na vitória por 3 a 2 no Monumental de Lima diante do Universitário (Libertadores 2021); Flaco López num triunfo importante pelo Brasileiro de 2023 contra o Cruzeiro; Raphael Veiga, no jogo de ida da Recopa Sul-Americana de 2022; e Danilo, no primeiro jogo das quartas de final da Libertadores de 2022 contra o Atlético-MG, são outros exemplos.

Carlos Martinho valoriza vitória e comenta 1ª experiência à beira do campo: “Espero que seja a primeira e última vez”

Carlos Martinho em jogo do Palmeiras contra o Criciúma, durante partida válida pela sétima rodada do Brasileirão 2024, no Estádio Heriberto Hülse.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Auxiliar técnico de Abel, Carlos Martinho comandou a equipe pela primeira vez

Com Abel Ferreira, João Martins e Vitor Castanheira suspensos, o Palmeiras foi comandado na tarde deste domingo por Carlos Martinho, auxiliar técnico que normalmente assiste às partidas e passa as orientações à comissão técnica das tribunas.

Martinho destacou a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Criciúma e valorizou a força mental da equipe. “O gol não foi só importante para o Lázaro, mas sim para todos nós. Sabemos que temos a responsabilidade de ganhar todos os jogos, mas isso é difícil, principalmente fora de casa. Hoje estava um grande ambiente, com a torcida deles, e sabíamos da dificuldade”, iniciou.

“A vitória foi muito importante. Vamos passar esta data Fifa com a consciência tranquila. O empate em casa no último jogo não era o que a gente pretendia, ficamos frustrados porque o nosso sarrafo está alto. Portanto, sabíamos que precisávamos vencer hoje para trabalharmos de forma tranquila nos próximos dias. Sabemos que temos de melhorar para voltar melhor depois da parada”, complementou.

O Palmeiras volta a campo somente no próximo dia 13, contra o Vasco, no Allianz Parque. Diante dos cariocas, o Verdão buscará a primeira vitória como mandante no Brasileirão. Dos 11 pontos conquistados pelo time até o momento, 10 vieram como visitante.

“Não importa onde jogamos, vamos sempre buscar a vitória. É verdade que temos mais pontos fora do que em casa, o próprio Abel já disse um dos motivos disso [jogar em Barueri], mas podemos ver isso pelo lado positivo. Temos que manter o mesmo nível de intensidade e competitividade nos jogos em casa. Tenho certeza que vamos estar bem no próximo jogo no Allianz”, disse.

Sobre a oportunidade de comandar o time à beira do campo, Martinho mostrou sinceridade e afirmou que apenas seguiu o plano.

“É uma situação peculiar. Espero que seja a primeira e última vez porque o Abel precisa estar aqui, porque ele é muito importante. Mas, independentemente disso, dei o meu máximo, como fazem os jogadores em campo. Segui o plano que estava montado, não mudei nada, porque a única pessoa que tem autorização de mudar é o Abel. Estamos todos muito contentes porque mostramos a força do grupo”, disse.

Confira outras respostas de Carlos Martinho

– Dificuldades do time no confronto

“Não há falta de vontade, a equipe luta, corre, mas nos falta um pouquinho de eficiência no último terço. Hoje conseguimos dois gols e gostaria de valorizar a força mental que esta equipe tem. A gente abriu o placar, sofremos o empate logo em seguida, mas mesmo assim acreditamos e continuamos atacando. Isso demonstrou nossa competitividade. Todos estão de parabéns pela entrega”.

– Saída de Raphael Veiga no 2º tempo

“Há um plano já montado e sabemos quais são os jogadores que estão mais desgastados, seja pelo acúmulo das partidas ou dentro do próprio jogo. A alteração do Veiga é isso e também queríamos um jogador que pudesse chegar à área para fazer gols. O Menino tem essa capacidade, ele não é tão construtor, mas é infiltrador e essa foi nossa opção”.

– Substituição de Estêvão no intervalo

“Em relação ao Estêvão, a gente achava que precisávamos de mais profundidade no corredor e o Luis nos entregaria isso, é rápido e empurraria a nossa equipe para frente. O Estêvão também vinha de uma sequência, o cansaço pode ser um dos fatores dele não ter feito um jogo tão bom. Mas, as trocas são normais, principalmente quando temos um elenco tão bom”.

– Alterações dos pontos no intervalo

“Refrescar os corredores, ter mais jogadas de um contra um e colocar a bola mais na área. Falamos disso no intervalo e também tínhamos que simplificar as ações. Eles defendiam com 5+4 e precisávamos jogar bem pelos corredores, o meio estava muito povoado. Além disso, os adversários estavam mais cansados e eles [Lázaro e Luis Guilherme] são jogadores que desequilibram”.

Abel se diz frustrado com o empate e revela motivos para escalar Endrick, Estêvão e Luis Guilherme

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o San Lorenzo, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 204, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Depois do empate do Palmeiras em 0 x 0 com o San Lorenzo, Abel lamentou não conseguir a primeira colocação no geral

O Palmeiras ficou no empate sem gols com o San Lorenzo e terminou a fase de grupos da Libertadores sem alcançar o último objetivo traçado pela comissão técnica, que era ser o time de melhor campanha.

Após o jogo, o técnico Abel Ferreira lamentou o empate e revelou qual foi o sentimento do vestiário com o resultado.

“Ficamos com a sensação de frustração, chegamos ao ponto de quase não celebrar o primeiro lugar do grupo para ficarmos frustrados por não conseguir a liderança geral. Mas faz parte da nossa ambição”, disse.

“Jogo difícil, contra uma equipe que veio para não sofrer gols e conseguiu. Pena só termos na segunda parte 20 e poucos minutos jogados, gostaria de mais tempo para furar uma linha tão baixa”, complementou o treinador, que reclamou dos acréscimos do juiz no segundo tempo. Foram acrescentados apenas quatro minutos, apesar da cera do adversário.

Questionado sobre o desempenho do Palmeiras na partida, o treinador afirmou que “não viu o time mal” e deu méritos à defesa do San Lorenzo.

“Se ganhássemos hoje, estaríamos na liderança geral por gols marcados. Eu não acho que jogamos mal, tivemos pela frente uma muralha que defendeu o gol e não conseguimos furar ela. Tentamos, empurramos o adversário, tivemos quase 80% de posse de bola. Não me lembro de uma oportunidade deles”, analisou o treinador.

“A verdade é que os adversários respeitam muito o Palmeiras. Eles vieram com uma intenção clara e conseguiram. Acho que merecíamos ter mais tempo útil, mais tempo com bola. Não é a primeira vez que isso acontece. Pelas minhas contas, tiveram pouco mais de 24 minutos jogados [no segundo tempo] quando era para ter 45”, acrescentou.

Abel explica Endrick, Estêvão e Luis Guilherme como titulares

Abel Ferreira e Endrick em jogo do Palmeiras contra o San Lorenzo, durante partida válida pela fase de grupos da Libertadores 204, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

No duelo que marcou a despedida de Endrick, Abel escalou pela primeira vez o camisa 9 ao lado de Estêvão e Luis Guilherme como titulares. O trio, que fez enorme sucesso na base, havia jogado juntos em campo simultaneamente em apenas 13 minutos.

“Foi uma decisão difícil. Meti os três porque são de muita qualidade e vão precisar da maturidade competitiva que ainda não têm, mas entendi que eu devia fazer”, explicou.

“Foi uma decisão difícil, mas se calhar, a pedido de muitas famílias, de muitas pessoas que queriam os ver juntos. Talvez fui mais à procura do que era melhor para as pessoas verem, com os três em campo, do que o melhor para a equipe.”, finalizou.

Classificado para o mata-mata, o Palmeiras conhecerá seu adversário das oitavas de final na próxima segunda-feira.

Abel desconversa sobre ação movida pelo Al Sadd; confira a resposta do treinador

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Botafogo-SP, durante partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil 2024, no Estádio Santa Cruz.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Clube do catar entrou com um processo na Fifa contra Abel, alegando que tinha um pré-contrato com o treinador

Depois da ação movida pelo Al Sadd, time do Catar que entrou na Fifa contra Abel Ferreira, alegando que o treinador palmeirense havia assinado uma carta de intenção com o clube em outubro do ano passado e não cumpriu o acordo, o comandante se pronunciou pela primeira vez.

Abel utilizou os microfones da coletiva de imprensa após o empate em 0 a 0 do Palmeiras contra o Botafogo-SP, que classificou a equipe para as oitavas de final da Copa do Brasil.

Em um primeiro momento, o técnico explicou porque não falou antes e, em seguida, ao tocar no assunto, preferiu se esquivar de uma resposta concreta e deixou claro que é o treinador do Palmeiras.

“A minha carreira como treinador é um livro aberto, que tem capítulos de glórias e tristeza. Algumas páginas com certeza eu rasgaria, mas um livro é genuíno quando tudo está lá dentro. Gostaria de repetir que sou dono da minha alma e capitão do meu destino. E quis o destino que eu chegasse no Palmeiras em 2020. Não vou alterar uma vírgula do que disse no passado: estou no Palmeiras e sou treinador deste clube. E é um orgulho. Ganhamos e, se Deus quiser, vamos continuar vencendo. Estou onde quero estar e onde querem que eu esteja”, disse.

“Só há uma verdade. E vocês podem acreditar no que quiserem. Gostaria de dizer muito mais do que isso, porque muita coisa foi dita, não só agora, mas nos últimos três meses do ano passado. Houve muitas afirmações. Mas, repito, sou treinador do Palmeiras e estou aqui com orgulho. Não falo mais sobre esse assunto. Se tudo ocorrer normalmente, continuo até 2025, que é o que está no meu contrato. Não falo mais sobre isso”, complementou.

O Al-Sadd alega que as conversas com o treinador começaram em outubro do ano passado e um acordo entre as partes foi firmado no mês seguinte. O clube catari afirma ainda que o técnico se comprometeu a deixar o Palmeiras no final de dezembro. Eles pedem 5 milhões de euros de compensação. Em janeiro, Abel renovou até 2025 seu contrato com o Verdão.

Mas, e o jogo, Abel?

Sobre a partida palmeirense, Abel viu falta de precisão no encerramento das jogadas e definiu o duelo como “perigoso”.

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Botafogo-SP, durante partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil 2024, no Estádio Santa Cruz.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“Foi um jogo perigoso. O futebol é mesmo assim. A equipe deles é bem organizada e esperaram por um momento. Tivemos algumas boas ações em transições, quando o adversário se desorganizou. Tivemos também sempre o jogo controlado. Podíamos ter definido melhor as jogadas. As substituições foram feitas para ter sempre o controle do jogo”, analisou.

O Palmeiras venceu por 2 a 1 o jogo de ida e alcançou a classificação após o empate sem gols em Ribeirão Preto.

Por fim, o comandante respondeu sobre a escolha de colocar Marcelo Lomba como goleiro titular e revelou uma possível tendência para os jogos de Copa do Brasil.

“Confio nos dois [Weverton e Lomba], mas decidi em apostar no Lomba nas copas. Também vamos nos preparar para os jogadores que vão para a Copa América. No próximo jogo, já vamos pensar nisso. O Weverton sabe que é o número 1, mas ele nos entende e tem a nossa confiança. Todos têm que estar preparados”, concluiu.

O Palmeiras volta a campo na quarta-feira que vem, contra o San Lorenzo, no Allianz Parque, pela Libertadores.