Além do Cerro Porteño, Boca Juniors e Peñarol fecham o pódio entre as equipes mais enfrentadas pelo Palmeiras na Libertadores; top 10 traz quatro clubes brasileiros.
Palmeiras e Cerro Porteño se enfrentam nesta quarta-feira (9), às 21h30, em partida válida pela segunda rodada da Libertadores. O confronto traz uma grande carga simbólica, diante da falta de atitudes da CONMEBOL para punir o clube paraguaio após o ato racista contra nossa delegação sub-20 que disputou recentemente a Libertadores da categoria.
O confronto tem uma história rica, cheia de jogos memoráveis. O Palmeiras leva grande vantagem no histórico geral, com 9 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas. A maior goleada do confronto aconteceu em 1955, quando o Verdão venceu por 7 a 1 em um amistoso no Pacaembu.
Cerro Porteño é o time que o Palmeiras mais enfrentou na Libertadores
Dos 15 jogos entre as equipes até agora, 14 foram pela Libertadores, o que faz do Cerro o time mais enfrentado pelo Palmeiras na competição. Confira o top 10 e clique no nome do adversário para acessar a lista detalhada de jogos:
O aproveitamento geral do Palmeiras no confronto é de 68,9%, com 37 gols marcados e apenas 12 sofridos. Curiosamente, as duas derrotas aconteceram jogando em casa – uma delas, em 2006, foi marcada por um tremendo quebra-pau.
Entre os jogos mais memoráveis, destaca-se o de 7 de abril de 1999, no Palestra Itália. O Palmeiras precisava de pelo menos um empate para se classificar, mas começou mal. Após tomar o primeiro gol e estar à beira da eliminação, o time mostrou força para virar o jogo e avançar na competição, da qual se sagraria campeão.
Outra partida inesquecível foi nas oitavas de final de 2022, quando o Verdão aplicou uma sonora goleada por 5 a 0, com direito a gol de bicicleta de Rony. O jogo desta noite promete ser mais um capítulo marcante desta rivalidade histórica.
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Na noite desta quarta-feira, a Sociedade Esportiva Palmeiras recebe o Cerro Porteño, em partida válida pela segunda rodada da Conmebol Libertadores.
Após vencer o jogo de estreia no Peru e de confirmar a sequência vencendo o Sport no Recife, o Verdão volta ao Allianz Parque para enfrentar um velho freguês, num jogo que tem um cenário polêmico e desagradável.
Escalação do Palmeiras
DESFALQUES Lesionados: Mayke, Marcos Rocha, Figueiredo, Mauricio, Bruno Rodrigues e Paulinho
Alguns lesionados já trabalham com bola, mas é pouco provável que estejam à disposição para esta partida. Abel Ferreira deve manter o esquema com três zagueiros, mas deve escalar o que tem de melhor, ao contrário do time alternativo que escalou no final de semana.
Assim, o time que deve sair jogando é Weverton; Bruno Fuchs, Gustavo Gómez e Murilo; Giay, Emi Martínez, Richard Ríos, Raphael Veiga e Piquerez; Estêvão e Vitor Roque.
Escalação do Cerro Porteño
O Cerro fez mais jogos que o Palmeiras nos últimos 30 dias e tenta sair da incômoda quinta colocação num campeonato que, na prática, só tem 4 times. A derrota no clássico contra o Libertad, no sábado, deixou sequelas no time comandado por Diego Martínez. O atacante argentino Sergio Araujo foi cortado da delegação por um ato de indisciplina.
O treinador argentino pode escalar o time com Rodrigo Gómez, para fazer o corredor direito, no lugar do experiente Carrizo. Outra dúvida é na lateral esquerda, onde Guillermo Benítez e León disputam a vaga. O provável time do cerro para a partida é Gatito Fernández; Alan Benítez, Velazquez, Morel e Guillermo Benítez (León); Piris da Motta, Rodrigo Gómez (Carrizo), Viera e Giménez; Aguayo e Torres.
Números
Os dois times já se enfrentaram 15 vezes e o Cerro tem um desempenho semelhante ao da Esportiva de Guaratinguetá: 9 vitórias do Palmeiras, 4 empates e 2 vitórias dos paraguaios;
Curiosamente, as duas derrotas aconteceram em solo brasileiro, em 2006 e 2018; ao todo, foram 5 vitórias, 1 empate e 2 derrotas do Palmeiras como mandante;
Foram dois jogos no Allianz Parque; no primeiro, perdemos no jogo de volta das oitavas, mas tínhamos feito um bom placar na ida; o segundo foi um sonoro 5 a 0 em que saiu o gol de bike do Rony;
Ao todo, cruzamos com o Cerro na Libertadores na fase de grupos 5 vezes (em 1999, 2001, 2005, 2006 e 2023), mais duas no mata-mata (em 2018 e 2022), e sempre nos classificamos;
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No calendário
O Palmeiras já disputou 19 jogos no dia 9 de abril e só perdeu 3 vezes. Veja a lista completa clicando neste link.
Temperatura: 21°C Chuva: 0,5 mm Vento: NNW – 2 km/h Umidade: 88%
Parpite
O clube brasileiro mais vitorioso em Copa Libertadores vai ampliar sua nova sequência de vitórias. Com a confiança restabelecida, e com Luighi no banco, o Verdão vai entrar em campo com sangue nos olhos.
Para 34.765 pagantes, o Palmeiras vai vencer o Cerro Porteño por 4 a 1, com gols de Facundo Torres, Estêvão, Murilo e Flaco López. Vai devolver, na bola, a cafajestada de sua torcida no episódio ocorrido há um mês. VAMOS PALMEIRAS!
Artur marcou duas vezes na vitória do Verdão por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño
O atacante Artur viveu uma noite especial com a camisa do Palmeiras nesta quarta-feira, como o próprio jogador falou após a vitória por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, fora de casa, pela Libertadores. O camisa 14 marcou os dois primeiros gols da equipe.
“Foi uma noite especial, que sempre sonhei com a camisa do Palmeiras. A gente se empenhou desde o primeiro minuto, buscamos o gol a todo momento. Estou muito feliz pelo resultado e pelo Rony também, que estava buscando o gol”, disse após a partida.
Apesar do domínio palmeirense da partida e da expulsão de Báez ainda no primeiro tempo, Artur comentou sobre a dificuldade da partida e também destacou a importância da vitória para a classificação.
“A gente sabia da dificuldade que seria jogar aqui, outro país, outra característica de jogo. Mesmo com a expulsão, não foi fácil. Encaramos com muita determinação e sabíamos da importância de sair com os três pontos para nos mantermos na briga pela liderança do grupo e também da classificação”, complementou.
Artur recebe elogios do comandante
Titular da equipe de Abel Ferreira desde que voltou ao clube, Artur soma cinco gols em 11 jogos disputados em 2023 e foi elogiado após a partida pelo técnico.
“Já falei sobre um jogador ser 50% ou 100%. 50% é o típico jogador brasileiro, muito bom de bola, mas que se esquece das tarefas defensivas. No futebol moderno, só o talento não ganha jogos. Pode driblar, dar assistências e fazer até gols, mas é preciso defender. Nas melhores equipes do mundo, todos atacam, todos defendem. Nós fomos buscá-lo e não lhe ensinei nada”, disse o treinador.
“Estamos trabalhando há dois meses. O que ele tem, vem dos treinadores anteriores. Só falei: joga, conhece o clube. Tem o que gostamos, ataca, defende, cruza e faz gols. É o que pedimos aos pontas: assistências e gols. Gosto de ver pontas com “sumo”. Não adianta ter aquela laranja bonita, mas sem sumo. Prefiro as feias, que a gente abre, mas que sai sumo”, finalizou Abel.
Após o triunfo no Paraguai, Abel admitiu que jogo ficou facilitado depois da expulsão do jogador do Cerro Porteño
Com um jogador a mais desde o início do jogo, o Palmeiras venceu o Cerro Porteño por 3 a 0 e deixou encaminhada a classificação às oitavas-de-final da Libertadores. Na entrevista pós-jogo, o técnico Abel Ferreira citou a expulsão do atleta adversário como fator importante para o triunfo palmeirense e viu o resultado final como justo.
“O jogo ficou do nosso jeito depois da expulsão do jogador adversário. Era uma partida que se previa difícil. Com mais um, acho que podíamos ter resolvido na primeira parte. Deveríamos, pelas oportunidades que criamos ir pro intervalo com uma vantagem maior. Na segunda parte, com calma, na nossa forma de atacar e defender, subindo o Veiga para não deixar eles gostarem do jogo, fizemos mais gols. Foi uma vitória justa, mas facilitada pela expulsão”, disse o treinador.
Com a vitória, o Palmeiras chegou a 14 jogos de invencibilidade na temporada e é o clube da Série A do Brasileirão há mais tempo sem perder. Para o técnico Abel Ferreira, no entanto, este dado não é tão importante e a derrota para o Athletico-PR na semifinal da Libertadores do ano passado é um exemplo.
“O futebol é mágico. Ano passado, perdemos uma vez na Libertadores e ficamos fora da final. Uma derrota só e caímos. Futebol é isso. Eu não faço julgamentos depois do resultado acontecer, tenho que imaginar antes. Porque depois no final é fácil dizer quem jogou bem, jogou mal, quem devia ter entrado. Tenho que ver as coisas antes e elas têm que fazer sentido para mim, depois aceito o resultado que for. É consequência do trabalho”, comentou.
“A galera quer fazer do futebol uma ciência exata, e não é. O futebol tem vida própria, com momentos que são aleatórios. Hoje, ficou favorável a nós porque houve uma expulsão. Isso não está no meu plano de jogo. Não há nada e nem ninguém que nos impeça de dar o nosso melhor. Depois, aceitamos o resultado. Se perder, siga”, complementou.
“O Rony, como todos atacantes, tem momentos. Às vezes está inspirado; em outros momentos, não, como aquele gol perdido. Se eu estivesse no treino, daria uma bronca, com carinho. Mas ele trabalha muito e eu falei com ele. Às vezes, na nossa vida, andamos à procura de desculpas. Quando as coisas não estão bem, focamos a atenção para algo de fora, não dentro de nós”, disse.
“Hoje de manhã fiz uma pergunta a ele. Perguntei se ele estava a fazer tudo e disse para não se preocupar com o que se passava. Eu não quero o Rony Rústico, quero o Guerreiro, os gols saem de forma natural. Ficamos felizes por ele, da forma que os colegas comemoraram”, acrescentou.
O Palmeiras chegou aos 9 pontos na Libertadores e divide a liderança do Grupo C com o Bolívar. A equipe volta a campo na competição no dia 7 de junho para encarar o Barcelona-EQU, no Allianz Parque.
Confira outros trechos da coletiva de Abel Ferreira
– Artur, Dudu e Rony
“O Rony, claramente, é um centroavante de atacar em profundidade. Ele estica a equipe. Quando jogamos contra adversários que fecham, que tem pegada, para criarmos o espaço entre as linhas, temos que ter esses jogadores que corram para espaçar. Ou para receber a bola mais longa, ou jogando entre linhas, que abre o adversário mesmo sem receber a bola, para que ela chegue ao Veiga, para depois assistir os pontas”.
“O Artur é semelhante ao Dudu, desequilibram. Corre com e sem bola para a área. Por isso faz mais gols. Uma das características dele é essa, quando a bola está do lado contrário, aparece como segundo centroavante. É o que pedimos para o Dudu também. Para além de ter essas virtudes ofensivas, tem o caráter de reconhecer o compromisso coletivo, ajudar o lateral a defender. O Dudu vocês conhecem. Queremos que ele traduza seus dribles em gols e cruzamentos. Está muito melhor no compromisso defensivo”.
– Encontro com Amancio, ídolo do Penafiel
“Passados trinta anos, consegui conhecer ele pessoalmente. Eu era gandula à época que ele jogava. Ele era centroavante, paraguaio, baixinho. Começou a fazer gols e virou ídolo da minha cidade, Penafiel. Foi um prazer tirar foto com ele, com as filhas, as netas. Pela primeira vez tive essa oportunidade. Todos os meus amigos de Penafiel me ligaram falando dessa foto com o Amancio. Era um ídolo meu de infância”.
Rony anotou um gol e deu o passe para os dois de Artur, na vitória por 3 a 0
“Sai, z**a”. Assim foi a comemoração de Rony após marcar o terceiro gol do Palmeiras na vitória por 3 a 0 sobre o Cerro Porteño, fora de casa, que deixou a classificação do Verdão bem encaminhada à próxima fase. O camisa 10 voltou a balançar as redes adversárias após 11 partidas passando em branco – o último havia sido contra o São Bernardo, nas quartas do Paulistão.
Rony foi decisivo para a conquista dos três pontos pelo Verdão – não só pelo gol marcado, mas também pelas assistências. Foram dele os dois passes que terminaram nos tentos de Artur, um no primeiro tempo e outro no segundo, que abriram o caminho para o triunfo palmeirense.
Além do gol e das assistências, o atacante contabilizou ainda, de acordo com o Sofascore, 83% de acerto nos passes, 26 toques na bola, dois cortes e dois duelos individuais vencidos, em quatro disputados.
Rony: cada vez mais artilheiro
Com o tento anotado diante do Cerro Porteño, Rony chegou a 19 na Libertadores com a camisa do Palmeiras e aumentou ainda mais a diferença para o segundo maior goleador do Verdão na competição, Raphael Veiga (14).
Na temporada, o camisa 10 soma sete bolas nas redes em 24 jogos disputados e é o segundo colocado na lista dos artilheiros, atrás de Veiga, que contabiliza 11.