“Para lavar a alma”: Marcos Rocha celebra goleada do Palmeiras no Allianz Parque

Marcos Rocha comemora seu gol pelo Palmeiras contra o SPFC, durante partida válida pela vigésima nona rodada, do Brasileirão 2023, no Allianz Parque.
Mauro Horita

Substituindo Mayke no segundo tempo, Marcos Rocha marcou um dos gols da vitória por 5 a 0 sobre o SPFC

O Palmeiras viveu uma noite inspiradíssima no Allianz Parque e goleou o SPFC por 5 a 0, em jogo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe chegou aos 50 pontos e se manteve no G4.

O quarto gol palmeirense foi anotado por Marcos Rocha, que entrou no segundo tempo no lugar de Mayke. O camisa 2 parabenizou os companheiros pela grande vitória e comemorou a eficácia do time.

“Parabenizar a equipe pela vitória, foi um jogo convincente. Tivemos quatro derrotas consecutivas e sentimos bastante, mas agora é jogo a jogo, trabalhar firme. Estamos readquirindo a confiança, a pressão, a tomada de bola no campo do adversário. Agradeço ao torcedor pela festa, a gente espera que isso se mantenha até o final”, disse.

“O Abel cobrou bastante pra gente fazer os gols, não deixamos criar, mas estávamos pecando na finalização. Fez falta em alguns jogos. Mas hoje é de alma lavada. Do começo ao fim levamos o jogo com muita seriedade e isso facilitou para que saíssemos com a vitória”, complementou.

Esquema com 3 zagueiros facilita para Marcos Rocha

Desde a partida contra o Coritiba, Abel Ferreira mudou o esquema do Palmeiras para três zagueiros de origem. Marcos Rocha aprova essa formação, já que significa mais liberdade para ele atacar.

“Marquei meu segundo gol no ano. Não era muito de chegar ao ataque pelas funções que fazia quando era titular, era mais defensivo. Mas o esquema de três zagueiros não tem lateral que não goste, porque atacamos mais, chegamos ao fundo. Fui feliz no lance, esperei a bola passar e acertei a finalização”, concluiu.

O Palmeiras volta a campo no sábado para enfrentar o Bahia, novamente no Allianz Parque. Apesar do gol, Rocha deve ser opção no banco de reservas.

Marcos Rocha destaca preparação do Palmeiras para enfrentar o Boca Juniors

Marcos Rocha durante desembarque do Palmeiras, no hotel de concentração da equipe, em Buenos Aires, na Argentina.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Um dos líderes do elenco, Marcos Rocha pode alcançar número expressivo de vitórias na Libertadores em caso de triunfo do Verdão

Uma semana após o duelo contra o Grêmio pelo Brasileirão, o Palmeiras entrará em campo na Bombonera para enfrentar o Boca Juniors, no jogo de ida da semifinal da Libertadores. O raro tempo de preparação entre uma partida e outra, levando em consideração o calendário do futebol brasileiro, foi destacado por Marcos Rocha após o último treino do Verdão na Academia de Futebol.

“Às vezes, não temos o tempo adequado para corrigir algumas situações pela correria, pelo dia a dia de jogos atrás de jogos. Quando se tem um tempo como esse agora, dá para entrar em uma sala, ver vídeos e ter a chance de falar para a comissão onde a gente se sente bem ou não de jogar. Isso não garante a vitória, mas facilita as coisas. É importante ter essa liberdade para conversar com o treinador”, disse o lateral.

Ao lado de Gustavo Gómez, Weverton, Dudu e Luan, Rocha é um dos líderes do elenco palmeirense. O camisa 2 pode ser titular na partida desta quinta-feira se Abel Ferreira optar por manter a escalação dos últimos dois jogos, utilizando Mayke como ponta direita.

“A comissão tenta explorar o máximo de cada jogador dentro de cada esquema tático, dentro das características de cada atleta. Agora é levar isso para dentro de campo, somando também toda a confiança e o respaldo que o Palmeiras e o torcedor nos passam”, complementou.

No clube desde janeiro de 2018, Marcos Rocha irá disputar sua quinta semifinal de Libertadores com o Palmeiras. Antes, ele já havia sido campeão com o Atlético-MG.

Marcos Rocha entre os maiores vencedores da Libertadores

Além do objetivo coletivo de levar o Palmeiras à final, Marcos Rocha entra em campo contra o Boca Juniors podendo alcançar mais um feito individual na Libertadores.

O lateral já é o jogador com mais edições seguidas disputadas em toda a História da competição: 11; agora, ele pode se tornar o terceiro atleta com mais vitórias. Atualmente ele soma 50 (27 pelo Verdão e 23 pelo Atlético-MG), atrás de Rogério Ceni (51), Weverton (53) e Fábio (55).

“Fico muito feliz de poder, na minha carreira, ter mais uma oportunidade de jogar uma Libertadores e de jogar mais um grande clássico, que é enfrentar o Boca dentro da Bombonera. É um sonho de qualquer jogador que inicia a carreira. Espero que a equipe possa estar mentalmente tranquila e alegre dentro de campo. Nos últimos três, quatro anos, a gente vem crescendo, quebrando recordes e evoluindo dentro das competições”, disse.

“Cada jogo de Libertadores tem a sua importância, o seu detalhe, e tenho certeza de que a preparação foi muito boa. Essa preparação vem de três, quatro jogos atrás, com o Abel e sua comissão já tentando colocar um pouco do que a gente vai tentar apresentar na quinta-feira. Somos uma equipe muito madura, que se conhece bem e que confia bastante no potencial um do outro. Tenho certeza de que faremos um grande jogo. O resultado não dá para prever, mas vontade, garra e determinação não vão faltar”, finalizou.

Abel Ferreira comenta mudança na equipe titular e enaltece goleada do Palmeiras

Abel Ferreira em jogo do Palmeiras contra o Deportivo Pereira, durante a primeira partida válida pelas quartas de final da Libertadores 2023, no Estádio Hernán Ramírez Villegas.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Abel Ferreira tirou Artur e fez a dobradinha com Mayke e Marcos Rocha no lado direito

A escolha de Abel Ferreira por colocar Mayke e Marcos Rocha como titulares na partida contra o Deportivo Pereira foi o principal assunto na coletiva do treinador após a goleada por 4 a 0, que contou com um gol de cada lateral. O comandante se esquivou de responder em detalhes a opção, mas ressaltou a importância de espaçar a equipe adversária.

“Se tivéssemos perdido, todos iam chamar o treinador de burro, que não entende nada. Curiosamente os dois fizeram gols. Fizemos este ajuste tático, mas não vou dizer os motivos pormenores. Nós da comissão técnica tínhamos decisões a tomar”, disse o treinador.

“Precisávamos ser agressivos ofensivamente; ter sempre a largura pelo corredor, que às vezes o Artur não dá, ele gosta de vir de fora pra dentro, e era fundamental abrir bem a última linha deles; e também dar consistência defensiva ao time. Foi uma decisão difícil para tomar, mas tendo em conta o adversário, foi a melhor decisão. Sabia que seria massacrado se tivéssemos perdido, mas fico feliz pelos gols deles”, complementou.

Abel também falou sobre o retrospecto positivo que o Deportivo Pereira tinha jogando em casa na Libertadores para ressaltar a vitória palmeirense.

“Ganhamos de um time que venceu o Boca Juniors e o Independiente del Valle aqui [na Colômbia]. Eles também não tinham perdido jogando como mandantes na Libertadores e tinham muita vontade de vencer a gente hoje. Somos uma equipe simples, de caráter, que sabe aquilo que tem que fazer em campo. Enche-me de orgulho ver os jogadores atuarem assim, com calma e competitivos”, destacou.

A goleada deixa o Palmeiras muito próximo da classificação à semifinal da Libertadores pelo quarto ano seguido, algo que só o Santos de Pelé, entre os brasileiros, conseguiu na história da competição. A partida de volta acontece na quarta-feira que vem, no Allianz Parque, às 21h30.

Confira outras respostas de Abel Ferreira

– Vitória muda o planejamento do Palmeiras sobre poupar jogadores?

“Estávamos a preparar para esse jogo há duas semanas. Inclusive, fizemos no último jogo algumas situações que queríamos ver aqui e felizmente eles [os jogadores] conseguiram entender. O resultado não muda nada no nosso planejamento. Só sei treinar na máxima força, não consigo ser meia-boca. A única opção é sermos melhores”.

– Em qual estágio o Palmeiras se encontra na temporada?

“Temos uma equipe base muito forte e não posso perdê-los, senão eu saio também. Tive que tomar decisões difíceis no início do ano. Saíram nove jogadores experientes. Agora precisamos fazer crescer esses jovens. A gente vê o Fabinho entrar com outra maturidade; o Jhon Jhon tem algumas oscilações e é normal. Acima de tudo nós acreditamos no elenco que temos. É fácil de entender que esta equipe é mentalmente muito forte, tecnicamente evoluída e taticamente faz o que o treinador lhes pede. Mas isso não nos garante que vamos ganhar sempre, é isso que eu quero que fique claro para todos”.

Marcos Rocha volta a marcar, comemora goleada e ressalta entrosamento do Palmeiras

Marcos Rocha comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Deportivo Pereira, durante a primeira partida válida pelas quartas de final da Libertadores 2023, no Estádio Hernán Ramírez Villegas.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Titular contra o Deportivo Pereira, Marcos Rocha marcou o segundo gol da goleada palmeirense por 4 a 0

A surpresa feita por Abel Ferreira na escalação inicial do Palmeiras contra o Deportivo Pereira, na noite desta quarta-feira no jogo ida das quartas de final da Libertadores, deu mais do que certo: o comandante optou pela dobradinha Marcos Rocha e Mayke no lado direito e os dois marcaram na goleada por 4 a 0, fora de casa.

Ao final da partida, Rocha analisou a vitória e também ressaltou o entrosamento do Verdão, além de falar sobre sua função em campo contra o Pereira.

“Feliz pelo resultado, pelo que a equipe apresentou. Respeitamos do começo ao fim o time adversário. Sabíamos que, se igualássemos na parte física, iríamos nos sobressair na técnica. Fiquei sabendo na terça de noite que iria jogar na função que fiz hoje, mais de zagueiro do que de lateral. Jogar com o Mayke, com o Veiga e com o Gabriel [Menino] ali facilita bastante. Temos um entrosamento de muito tempo”, iniciou.

“A base que o Abel mantém nestes três anos de Palmeiras faz com que a gente consiga nos momentos decisivos ter o equilíbrio e a tranquilidade dentro de campo para que os meninos mais novos possam entrar e encontrar um jogo mais tranquilo. Agora, no próximo jogo, dentro da nossa casa e com o apoio do nosso torcedor, esperamos fazer uma grande partida e comemorar a classificação”, concluiu.

O duelo de volta acontece quarta que vem no Allianz Parque, às 21h30. Confirmando a classificação, o Palmeiras chegará à semifinal da Libertadores pelo quarto ano consecutivo.

O último gol de Marcos Rocha

O gol de Rocha contra o Deportivo Pereira quebrou um longo jejum de mais de 2 anos do lateral sem ir às redes. O último tento havia sido em 21 de julho de 2021, contra a Universidad Católica, nas oitavas da Libertadores daquele ano – o Verdão venceu o duelo por 1 a 0.

Aos 34 anos, o camisa 2 soma 262 partidas pelo Verdão e oito gols anotados. Seu contrato com o clube vai até o final de 2023.

Experiente, Marcos Rocha fala sobre instabilidade do Palmeiras e destaca importância da torcida

Marcos Rocha durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Titular contra o Internacional, Marcos Rocha está entre os líderes do elenco palmeirense

Em busca da vitória para espantar a má fase, o Palmeiras entra em campo na tarde de sábado para enfrentar o Fortaleza, no Allianz Parque, em jogo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para Marcos Rocha, um dos líderes do elenco, a receita para retomar o caminho das vitórias é simples: “continuar com os pés no chão e trabalhando muito”.

“Vamos readquirir a confiança por meio de conversas, nos treinamentos, para que no jogo você possa fazer as coisas de forma natural”, complementou. Na última rodada, o Verdão visitou o Internacional no Beira-Rio e foi melhor que o adversário, mas esbarrou nos gols perdidos e não passou do empate em 0 a 0.

“Contra o Inter, eu chamei o Veiga para conversar, chamei outros jogadores. Falei para termos calma, fazer o nosso jogo, o feijão com arroz, para dentro de campo termos a confiança para fazer um lançamento, um passe diferenciado. Tivemos só uma defesa do Weverton e criamos quatro oportunidades de gols. É ter essa confiança, tranquilidade, e continuar trabalhando”, disse o camisa 2.

Rocha também valorizou a importância da torcida para que o Palmeiras volte a vencer. Até o momento, pouco mais de 14 mil ingressos foram vendidos para o duelo contra o Fortaleza.

“É legal ter o nosso estádio cheio, o torcedor apoiando do começo ao fim. É lógico que quando o resultado não aparece você ouve algumas coisas que às vezes incomodam, mas você sabe que a pessoa tem razão, por tudo que construímos dentro do clube. Quando vêm as cobranças de fora, você sai da zona de conforto. Queremos muito contar com o apoio do torcedor até o final do ano. Temos duas competições importantes com possibilidade de brigar por título e, sem o apoio deles, será mais difícil”, destacou.

“É agradecer a casa cheia em todos os jogos nos apoiando, famílias, crianças indo ao estádio. É gratificante para nós, sinal de que o nosso trabalho ainda tem credibilidade com o torcedor. Espero que essa fase possa passar rápido e possamos sair do estádio felizes, comemorando vitórias, e que no final possamos, quem sabe, levantar mais troféus”, complementou.

Marcos Rocha ou Mayke?

Titular contra o Internacional, Marcos Rocha não atuava em uma partida completa havia quase três meses – a última vez tinha sido contra o Tombense, pela Copa do Brasil. Desde então, o lateral sofreu duas lesões musculares seguidas e viu Mayke virar titular.

Mayke durante treinamento do Palmeiras na Academia de Futebol.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Com o camisa 12 novamente disponível para a comissão técnica (não jogou contra o Inter porque estava suspenso), a briga pela titularidade na lateral-direita está aberta.

“Havia um ano e meio que eu não ficava ausente dos treinamentos, dos jogos, e agora fiquei praticamente dois meses parado. Estou feliz por ter voltado contra o Internacional, ter feito um jogo consistente por 90 minutos. Foi bom não tomar gols. Agradeço ao departamento médico pela paciência que teve para me ajudar. Temos três laterais em condições de jogar, então o importante é estar com a cabeça tranquila, apto para ajudar, seja entrando no segundo tempo ou começando, além de poder incentivar meus companheiros de alguma forma para readquirir a confiança e voltar a vencer”, concluiu.