Abel Ferreira elogia dupla do Palmeiras e faz alerta sobre acontecimentos na arbitragem: “Tenho achado estranho”

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o SCCP, durante partida válida pela décima terceira rodada, do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Vitor Reis e Flaco López foram enaltecidos por Abel Ferreira, que também viu o resultado do clássico como justo

Abel Ferreira comandou o Palmeiras em mais uma vitória no clássico contra o SCCP. Na noite desta segunda-feira, o Verdão venceu o rival por 2 a 0, no Allianz Parque, e subiu para a segunda posição no Brasileirão.

Ao final do jogo, o técnico palmeirense comentou sobre a estreia como titular e o gol marcado por Vitor Reis, além de mandar um alerta para Gustavo Gómez e Murilo. O comandante também elogiou Flaco López, analisou o Derby e finalizou a coletiva fazendo uma reflexão sobre a arbitragem no Brasil.

Confira o que falou Abel Ferreira após o Derby:

– Vitor Reis

“O Vitor já treina conosco há muito tempo. Falamos para ele se preparar porque a oportunidade podia aparecer quando o Gómez foi para a seleção. Temos também lideranças no grupo que ajudam os jogadores mais jovens. É um trabalho em conjunto e estou orgulhoso de ser o treinador deste time. Eles deixam o ego em casa e trabalham todos juntos”.

“É ótimo ter essas opções de zagueiro. O Gómez tem que abrir o olho, o Murilo também. Apesar do Vitor e do Naves serem moleques, querem jogar e é muito bom para nós”.

– Trabalho na base

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras contra o SCCP, durante partida válida pela décima terceira rodada, do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

“O Palmeiras tem base há muitos anos, mas o que precisa é ter coragem para apostar neles. Quando cheguei aqui em 2020 já havia jogadores da base no time. E nós da comissão técnica temos como princípio utilizar a base. O Vitor Castanheira é um elemento da nossa comissão responsável por saber de tudo da base e ele nos traz todas as informações. Além disso, os jogadores treinam com a gente de forma regular. Há um trabalho na base e também um trabalho para integrar esses jogadores no profissional. Nós formamos os jogadores”.

“Em relação ao Vitor, Naves e os outros tantos que jogaram hoje. É um trabalho feito por todos, da estrutura até a comissão técnica. A base do Palmeiras, há quatro anos, vem sim sendo potencializada, mas o clube tem base há muitos anos”.

– Flaco López

“A partir da expulsão, o Flaco foi mais Rony do que o Flaco. Pra vocês terem a noção do potencial que ele tem, o Flaco é o terceiro jogador do elenco com mais força nas pernas apesar da altura toda que tem. Acredito que ainda há muito mais para descobrir ali dentro, só que com essa quantidade toda de jogos fica difícil. Tínhamos o Luighi pronto no banco hoje também, um garoto que vocês ainda vão ouvir falar. Estou muito feliz pelo Flaco”.

– Análise do Derby

“Poderíamos ter feito mais gols e não termos sofrido no final. Eu falo que no futebol é preciso ter sorte, o Veiga bateu a falta, a bola bateu na cabeça do Fabinho e fizemos o gol. Claro que é preciso trabalho e competência, mas também é preciso ter sorte. Não só vencemos por conta da sorte, fomos os justos vencedores. Enfrentamos um time que estava com a confiança baixa e é sempre bom ganharmos estes jogos”.

– Alterações durante a partida e laterais em campo

“Começamos este jogo com quase todos os volantes dentro de campo. O adversário começou a refrescar as alas para atacar e, para mim, o futebol não é brincadeira. Quando estamos vencendo e com um a menos em campo, tenho que defender bem. Ainda assim, tivemos a melhor chance com o López em um cruzamento do Vanderlan. Não abdicamos do nosso centroavante. Refrescamos a equipe nos corredores e depois, quando não tivemos mais nenhum médio, o Fabinho pediu para sair, entendi que a única opção era colocar o Mayke como volante ao lado do Jhon Jhon”.

– Expulsão de Raphael Veiga e arbitragem no Brasil

“Achei que o Daronco foi rigoroso, não o conheci assim. Ainda não vi o replay, mas achei rigoroso. Agora vou estar atento, porque estão acontecendo alguns fenômenos em algumas arbitragens, em alguns jogos, que estão me deixando preocupado. Só espero que os árbitros sejam coerentes e conversem entre si para que as consequências sejam iguais. Tenho estranhado alguns lances que estão acontecendo de forma repetida com algumas equipes”.

Abel Ferreira ressalta momento de Veiga e prevê futuro de Flaco: “Seleção argentina”

Abel Ferreira em jogo pelo Palmeiras, contra o Juventude, durante partida válida pela décima primeira rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Após a quinta vitória seguida do Palmeiras no Brasileirão, Abel Ferreira concedeu entrevista e aprovou desempenho da equipe

Com gols de Flaco López, Estêvão e Mayke, o Palmeiras venceu o Juventude por 3 a 1 e alcançou a quinta vitória seguida no Brasileirão. O Verdão é o segundo colocado, um ponto atrás do Flamengo.

Após a partida no Allianz Parque, Abel Ferreira concedeu entrevista e aprovou o desempenho da equipe. Além de falar do jogo, o treinador também comentou sobre o momento de Raphael Veiga, mostrou confiança em Flaco López, ressaltou a volta de Dudu e pediu paciência com os reforços.

Confira as respostas de Abel Ferreira:

– Análise da partida vs o Juventude:

“Foi um jogo semelhante aos últimos quatro. Estamos com uma média de mais de 20 finalizações nos últimos jogos. Queríamos mostrar isso ao nosso público. Agradeço o apoio deles. Fizemos o 1 a 0, mas sofremos um gol bobo e eles continuaram a nos apoiar, nos deram muita força”.

“Fomos melhores, mostramos a nossa força. Jogamos novamente contra um adversário que teve mais tempo de descanso que nós e isso faz muita diferença. Hoje tivemos que mudar a escalação inicial porque era necessário. Enfim, mais um bom jogo nosso. Hoje era um jogo de insistência, sem pressa e eles [os jogadores] interpretaram bem isso. Fomos os justos vencedores”.

– Raphael Veiga

“Um jogador da qualidade dele ajuda qualquer equipe. Quando temos os nossos melhores, aumentamos a nossa produção. Os jogadores não são máquinas, já disse isso. Aqui é difícil um jogador manter a nota 10 em quatro anos seguidos. O problema dele era mental. Se eu pudesse, o daria 15 dias de férias. Ele precisava”.

“É claro que era difícil [escalar]. O Veiga, o Endrick, o Estêvão e o Luis Guilherme gostam de jogar ali, do lado direito. Era difícil. Mas, acertar o passe ou o cruzamento não tem a ver com posicionamento. O importante é que hoje ele está bem e com boa capacidade física, além de estar leve mentalmente. Isso impacta na equipe”.

– Flaco López

“Não pedi à diretoria um outro centroavante [após a saída de Endrick]. Falei ao Flaco que, se ele não mostrasse toda a qualidade que tem, aí sim íamos atrás de um atacante. Ele é um jogador que está crescendo. A adaptação ao Palmeiras não é fácil e ele ainda é jovem. Acredito nele e acho que mais cedo ou mais tarde chegará à seleção argentina. Não vejo nenhum atacante deles com a característica do López. Gostamos muito dele, seja como pessoa ou jogador. Hoje vimos como ele é fortíssimo em jogada aérea. Estamos contentes com o Flaco e com o Rony”.

– Reforços e elenco completo

“Gosto de sempre deixar as expectativas baixas. O Felipe ainda vai chegar, está de férias e precisa de adaptação. Vamos lhe dar este tempo. Não temos ainda mais reforços confirmados pela diretoria. Então, vamos esperar [pelos anúncios de Giay e Maurício]”.

“Pensei que a equipe ia sentir mais a falta dos jogadores que saíram [por venda ou Copa América], mas e se eu disser que a equipe melhorou. É o que é. Às vezes pensamos uma coisa e outra acontece. Os reforços que venham preparados, porque os que estão aqui, estão muito bem”.

– Dudu

“Foi importantíssimo o Dudu ter entrado, ter perdido o medo. Nós vamos, sempre que possível, dar a ele uma sequência de jogos com 15 ou 20 minutos por jogo, para que ele volte à melhor forma. Não damos privilégio para ninguém, todos os jogadores são tratados iguais. O Dudu pegou o bonde andando e precisa entrar nesse bonde. Vamos ajudá-lo”.

Raphael Veiga maestro e Estêvão decisivo: Palmeiras engata a 5ª no Brasileirão

Raphael Veiga em jogo pelo Palmeiras, contra o Juventude, durante partida válida pela décima primeira rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Dupla comandou vitória do Palmeiras em jogo que Raphael Veiga completou 300 partidas pelo Verdão

O Palmeiras venceu o Juventude e engatou a quinta vitória consecutiva no Brasileirão, alcançando a segunda posição, um ponto atrás do Flamengo. O Verdão contou com grandes atuações dos seus principais jogadores para conquistar mais um triunfo.

Raphael Veiga concedeu a assistência para o gol de Flaco López e também participou do lance que resultou no tento de Estêvão. A dupla concedeu entrevista após o jogo e celebraram o placar positivo por 3 a 1.

“O Veiga é uma referência pra mim, desde a base. É uma honra jogar ao lado dele. Fico muito feliz por jogar ao lado dele e por ele ter dado a assistência pra mim”, disse o camisa 41, que também recebe conselhos do meia.

“Os meninos do Palmeiras sempre ouviram muito. A gente tenta passar um pouco daquilo que já vivemos, para eles não cometerem os mesmos erros que nós, ou até mesmo para encurtar algumas situações na carreira deles, que talvez eu tive e não consegui. E fazer também que eles mantenham os pés no chão e saber que, para jogar no Palmeiras, tem uma certa responsabilidade. O importante é sempre o equilíbrio”, disse Veiga.

Veiga também celebrou a marca de 300 partidas pelo Verdão. Ele é o quinto atleta do elenco a chegar ao número expressivo.

“Fico feliz por completar essa marca. Nunca imaginei viver tudo isso. Estou muito feliz, por fazer o que eu amo no time que eu amo. A gente nunca sabe qual será a vitória do título no Brasileirão, então toda partida tem que ser encarada como uma final”, complementou o meia.

O Palmeiras, de Raphael Veiga e Estêvão, volta a campo na noite de quarta-feira para enfrentar o Fortaleza, fora de casa, por mais uma rodada do Brasileirão.

Números de Estêvão e Raphael Veiga vs Juventude:

– Raphael Veiga

  • 90 minutos
  • 1 assistência
  • 67 ações com a bola
  • 96% dos passes certos (43/45)
  • 8 passes decisivos
  • 6 cruzamentos
  • 5 lançamentos certos (100%)
  • 1 grande chance criada
  • 5 finalizações
  • 1 drible certo
  • 2 duelos vencidos
  • 1 falta cometida
  • 2 interceptações

– Estêvão

  • 80 minutos jogados
  • 1 gol
  • 47 ações com a bola
  • 70% dos passes certos
  • 2 passes decisivos
  • 1 grande chance criada
  • 4 finalizações
  • 1 drible certo
  • 3 duelos ganhos
  • 4 ações defensivas
  • 1 falta cometida

Raphael Veiga se aproxima de marca histórica, comenta volta da boa fase e se espanta com Estêvão

Rapheal Veiga comemora seu gol pelo Palmeiras contra o Red Bull Bragantino, durante partida válida pela décima rodada do Brasileirão 2024, no Allianz Parque.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Autor do primeiro gol do Palmeiras contra o Red Bull Bragantino, Raphael Veiga voltou a marcar depois de mais de um mês

“Quando o Veiga está bem, esquece”. A frase dita por diversos torcedores no Allianz Parque e nas redes sociais, após a vitória do Palmeiras sobre o Red Bull Bragantino, refere-se ao desempenho do Verdão quando Raphael Veiga vai bem dentro de campo.

Importante e decisivo para a equipe, o camisa 23 parece ter deixado a fase ruim para trás e retomou uma boa sequência de jogos. Diante do Bragantino, ele marcou o primeiro tento do Palmeiras e voltou a balançar as redes depois de mais de um mês de jejum.

“Não coloco essa responsabilidade no posicionamento do Endrick ou no Abel. Se eu não estava jogando bem, assumo essa responsabilidade. Em alguns jogos, sim, fiz algumas funções diferentes. Mas, sou eu que jogo e não vou transferir nada para ninguém. Estou feliz por voltar a marcar, jogar bem e ajudar ao Palmeiras”, disse o camisa 23, na zona mista do Allianz Parque.

“Fizemos um grande jogo, mas como eu falei no vestiário, a gente precisa matar o jogo, sermos mais eficientes. Poderia custar caro as chances perdidas. É só cuidar disso”, complementou o jogador, ao analisar a partida palmeirense.

Maior artilheiro do século (91 gols) e também o principal goleador do Allianz Parque (48), Veiga está próximo de atingir mais uma marca expressiva pelo Verdão: a de 300 partidas. Atualmente, ele soma 299.

“Fico feliz pelo carinho do torcedor. Essa marca de 300 jogos que está próxima pra mim é muito importante”, disse.

Raphael Veiga impressionado com Estêvão

A ascensão de Estêvão e o alto nível apresentado pela Cria da Academia também foram ressaltados por Veiga na entrevista, que rasgou elogios ao atacante.

“Às vezes fico pensando: cara, ele só tem 17 anos e já arranjou um espaço em um dos maiores times do mundo e joga como se tivesse 10 anos de profissional. Torço muito pelo crescimento dele”, disse.

Carlos Martinho valoriza vitória e comenta 1ª experiência à beira do campo: “Espero que seja a primeira e última vez”

Carlos Martinho em jogo do Palmeiras contra o Criciúma, durante partida válida pela sétima rodada do Brasileirão 2024, no Estádio Heriberto Hülse.
Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Auxiliar técnico de Abel, Carlos Martinho comandou a equipe pela primeira vez

Com Abel Ferreira, João Martins e Vitor Castanheira suspensos, o Palmeiras foi comandado na tarde deste domingo por Carlos Martinho, auxiliar técnico que normalmente assiste às partidas e passa as orientações à comissão técnica das tribunas.

Martinho destacou a vitória do Palmeiras por 2 a 1 sobre o Criciúma e valorizou a força mental da equipe. “O gol não foi só importante para o Lázaro, mas sim para todos nós. Sabemos que temos a responsabilidade de ganhar todos os jogos, mas isso é difícil, principalmente fora de casa. Hoje estava um grande ambiente, com a torcida deles, e sabíamos da dificuldade”, iniciou.

“A vitória foi muito importante. Vamos passar esta data Fifa com a consciência tranquila. O empate em casa no último jogo não era o que a gente pretendia, ficamos frustrados porque o nosso sarrafo está alto. Portanto, sabíamos que precisávamos vencer hoje para trabalharmos de forma tranquila nos próximos dias. Sabemos que temos de melhorar para voltar melhor depois da parada”, complementou.

O Palmeiras volta a campo somente no próximo dia 13, contra o Vasco, no Allianz Parque. Diante dos cariocas, o Verdão buscará a primeira vitória como mandante no Brasileirão. Dos 11 pontos conquistados pelo time até o momento, 10 vieram como visitante.

“Não importa onde jogamos, vamos sempre buscar a vitória. É verdade que temos mais pontos fora do que em casa, o próprio Abel já disse um dos motivos disso [jogar em Barueri], mas podemos ver isso pelo lado positivo. Temos que manter o mesmo nível de intensidade e competitividade nos jogos em casa. Tenho certeza que vamos estar bem no próximo jogo no Allianz”, disse.

Sobre a oportunidade de comandar o time à beira do campo, Martinho mostrou sinceridade e afirmou que apenas seguiu o plano.

“É uma situação peculiar. Espero que seja a primeira e última vez porque o Abel precisa estar aqui, porque ele é muito importante. Mas, independentemente disso, dei o meu máximo, como fazem os jogadores em campo. Segui o plano que estava montado, não mudei nada, porque a única pessoa que tem autorização de mudar é o Abel. Estamos todos muito contentes porque mostramos a força do grupo”, disse.

Confira outras respostas de Carlos Martinho

– Dificuldades do time no confronto

“Não há falta de vontade, a equipe luta, corre, mas nos falta um pouquinho de eficiência no último terço. Hoje conseguimos dois gols e gostaria de valorizar a força mental que esta equipe tem. A gente abriu o placar, sofremos o empate logo em seguida, mas mesmo assim acreditamos e continuamos atacando. Isso demonstrou nossa competitividade. Todos estão de parabéns pela entrega”.

– Saída de Raphael Veiga no 2º tempo

“Há um plano já montado e sabemos quais são os jogadores que estão mais desgastados, seja pelo acúmulo das partidas ou dentro do próprio jogo. A alteração do Veiga é isso e também queríamos um jogador que pudesse chegar à área para fazer gols. O Menino tem essa capacidade, ele não é tão construtor, mas é infiltrador e essa foi nossa opção”.

– Substituição de Estêvão no intervalo

“Em relação ao Estêvão, a gente achava que precisávamos de mais profundidade no corredor e o Luis nos entregaria isso, é rápido e empurraria a nossa equipe para frente. O Estêvão também vinha de uma sequência, o cansaço pode ser um dos fatores dele não ter feito um jogo tão bom. Mas, as trocas são normais, principalmente quando temos um elenco tão bom”.

– Alterações dos pontos no intervalo

“Refrescar os corredores, ter mais jogadas de um contra um e colocar a bola mais na área. Falamos disso no intervalo e também tínhamos que simplificar as ações. Eles defendiam com 5+4 e precisávamos jogar bem pelos corredores, o meio estava muito povoado. Além disso, os adversários estavam mais cansados e eles [Lázaro e Luis Guilherme] são jogadores que desequilibram”.